sexta-feira, 17 de julho de 2009

Planejando a educação dos filhos

O sucesso na carreira universitária e profissional começa muito antes do que se imagina! Pode começar, por exemplo, na escola de educação infantil, ou antes até, ainda no berço! É uma questão de opção dos pais, ao planejarem o nascimento do bebê, aquele ser humano pelo qual somos os responsáveis diretos!

Estou falando de uma educação que hoje em dia conhecemos e temos à mão quando quisermos – coisa que não havia sequer sido discutida no “nosso tempo”, apesar de muito usada... Falo em brinquedos pedagógicos, em jogos e livros infantis, falo em organização, disciplina, respeito e interação social. Falo ainda em educar nossos pequenos para uma vida independente – com autonomia mesmo! Moral e Intelectual (Jean Piaget, em “O Juízo Moral na Criança”) Entram aqui, também, responsabilidade, ética e compromisso social.

Muita coisa? E é só o começo! Por isso mesmo chamo a atenção especialmente dos jovens casais, para que se preocupem com o preparo de seu filho, enquanto indivíduo a ser inserido na sociedade. Esta preocupação é tão ou mais importante do que a de aprender unicamente a ter cuidados de saúde e higiene com o bebê! Ao colocarmos esse “serzinho” no mundo, precisamos pensar se estaremos colaborando com uma sociedade melhor, ou atrapalhando essa que aí está. E isto é muito sério!

Muito bem, passado o primeiro momento de tomada de consciência, voltamos a uma das questões levantadas: a importância dos brinquedos pedagógicos, jogos e livros infantis. Oportunamente trataremos das questões seguintes aqui levantadas.

Falando então em brinquedos e jogos pedagógicos, usados tanto na escola quanto em casa, adequados a cada faixa etária, ressalto sua importância no desenvolvimento da criança (e futuro adulto) no que se refere ao uso da linguagem, ampliação de vocabulário, sedimentação de conceitos aprendidos, exercício de atenção, análise e escolha de estratégia, tomada de decisão, trabalho em equipe ou competitivo, ética, além do respeito pelas regras – seguir regras ajuda muito também na interpretação futura de enunciados, por exemplo. Esperar pela vez, controlar a ansiedade, gostar de desafios, vibrar com a vitória e aprender com os erros (conhecendo a frustração, tão necessária a todos nós...) – aqui, ajudado pelo adulto, pode refazer mentalmente todo o processo que o levou a perder, analisar a situação e definir estratégias para uma próxima vez. Tudo isso, sem contar com a diversão, é claro! Se for em família, melhor ainda! Tudo isso, com um simples dominó, por exemplo. Não é necessário sofisticar. Basta explorar todo e qualquer material que se tenha à mão; afinal, até na brincadeira de esconde-esconde há regras e a maioria das habilidades acima descritas!

Falando em bebês, devemos nos preocupar basicamente com o desenvolvimento dos órgãos dos sentidos (tato, olfato, visão, audição e paladar). Desde o móbile colorido, incentivando a tocá-lo, falando das cores e sons, passando pelo uso da massinha de modelar, cubos coloridos que se amontoam em uma pirâmide e desmoronam de repente, até a divertida brincadeira com os sabores azedos, doces, amargos... tudo, enfim, que estimule os sentidos básicos do bebê! Músicas infantis cantadas e dançadas estimulam, além da memória, o ritmo e a coordenação motora grossa! Tintas, cola, rasgar papel e colar, é tudo muito divertido e extremamente importante, quando se fala em desenvolvimento infantil.

Reservo um espaço muito especial para a leitura de livros infantis! A criança, desde bebê, pode e deve ouvir muitas histórias, lidas com prazer e entusiasmo! Desse modo, desenvolve desde muito tenra idade o gosto pela leitura. Não se espera estar na escola e ser alfabetizada para forçar uma leitura... O prazer vem muito antes disso! Todos sabemos que quem lê, adquire um vocabulário culto e muito mais amplo, se comunica muito melhor, tanto na linguagem falada, quanto escrita! Essa leitura, além de divertida pela história em si, pode ser desafiadora, deixando que as crianças imaginem qual será o desfecho final, por exemplo.

Perguntar a elas o que aconteceria se a personagem agisse de outro modo ou o que a própria criança faria, caso estivesse no lugar da personagem... enfim, há milhões de maneiras de criar situações prazerosas com um simples livrinho nas mãos! Evidentemente que o adulto precisa ler, mostrando-se convencido de que a leitura é, de fato, um prazer... Ainda é possível incrementar tudo isso com o uso de fantasias, revivendo a história! Aí, a brincadeira não tem fim! A representação da realidade, o faz de conta, o uso do simbólico, são fundamentais no preparo para a alfabetização/escolarização da criança e no desenvolvimento da criatividade, imaginação. Imaginem também o momento inesquecível que é, para a criança, quando papai ou mamãe lêem para ela antes de pegar no sono, sentados à cabeceira da cama! Não há pesadelo que resista! Só há lugar para bons sonhos...

Propositalmente, não deixei quase espaço para falar em brinquedos eletrônicos. Não sou adepta a eles. Podem ou não existir na infância da criança; afinal, esses eletrônicos fazem tudo sozinhos... Do mesmo modo, TV ou computador. Podem ser inseridos, mas sem nenhuma prioridade! Nenhuma mesmo! Não raro, me deparo com crianças muito pequenas e já viciadas em jogos eletrônicos ou em TV’s, DVD’s. Não se trata de ser antiquada, trata-se de não substituirmos o desenvolvimento natural e a oportunidade de participarmos do crescimento e amadurecimento de nossos filhos por “babás eletrônicas”! É ainda uma concorrência desleal entre a tela colorida, cheia de sons e imagens do computador e as páginas de um livro... Haverá, futuramente, tempo para esse contato com a tecnologia. Não precisamos ter pressa!

Numa próxima oportunidade, o assunto abordado será a importância do convívio social de nossas crianças, que estão sendo preparadas para um futuro brilhante, no sentido de seres humanos plenamente desenvolvidos, seja na Universidade, no trabalho ou, principalmente, consigo mesmas e com quem convivam!

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