sexta-feira, 17 de julho de 2009

O despertar do espírito crítico

As novas gerações necessitam ter o espírito crítico bastante desenvolvido, raciocinando com lógica e não se deixando influenciar. Ou seja, cidadãos autônomos - moral e intelectualmente. Como, efetivamente, a escola pode auxiliar? Antes de mais nada, abrindo espaço para que o aluno se posicione, indague e participe do processo de aprendizagem. O Professor pode e deve garantir que houve domínio de um determinado conteúdo, antes de passar para um próximo tópico. Nesse sentido, o professor de Ciências no Ensino Fundamental, por exemplo, tem participação fundamental no cumprimento desse objetivo, de formar cidadãos autônomos. É dele a responsabilidade de despertar a curiosidade pela pesquisa científica, fazendo com que o aluno se habitue a comprovar o que dizem os livros, inclusive descobrindo diversas versões sobre um mesmo assunto. Dessa forma, o aluno não irá aceitar passivamente tudo o que dizem os livros. Não quero, com isso, absolutamente, desmerecer os livros. Porém, se o aluno cria o hábito de questionar e comprovar, no futuro, como adulto, ele não se deixará levar por qualquer opinião, ou versão dos fatos. Todos sabemos que o ensino de Ciências nas primeiras séries do Ensino Fundamental abrange informações básicas sobre a natureza, corpo humano, reações químicas etc. Mas é com essa formação básica que se dá a primeira “arrancada” no mundo da Ciência e, por isso mesmo, precisa ser encarada com muita seriedade. Além disso, as crianças passam a entender, por exemplo, que a grande maioria das “crendices populares” não têm fundamentação científica. Espírito crítico e raciocínio lógico exercita-se em todas as disciplinas, em todos os momentos... Estamos no Terceiro Milênio e não podemos fugir da responsabilidade de formarmos cidadãos competentes, do contrário não haverá desenvolvimento algum de uma sociedade para a outra. É oportuno neste momento falar dessa nossa grande responsabilidade de professores: somos nós que estamos preparando essas novas gerações. Os Advogados, Médicos, Engenheiros, Professores, Cientistas e todos os demais profissionais do futuro terão passado pelas nossas mãos. Se eles não defenderem a justiça, a solidariedade, o respeito, a dignidade, a culpa terá sido nossa. Isso sem falar nos políticos... É preciso que toda a sociedade se conscientize, pois o trabalho não é só do professor. A Família e todos os outros grupos sociais precisam também encarar com seriedade a educação, que, durante muitos anos, tem sido deixada para segundo plano, mas sabendo que a educação não se dá apenas na escola! Todos precisam “falar a mesma língua”, do contrário, não será digno da nossa parte “reclamar” dos jovens de amanhã, pois fomos NÓS que os formamos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário