segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Com calma e serenidade se vai ao longe!


Quem me conhece bem, irá certamente estranhar o título deste artigo, mas juro que é sincero e que funciona – por experiência própria!

Tenho vivido e convivido em meio a Canadenses há alguns anos e a conclusão a que chego e que tento me reeducar constantemente é essa:  Calma!  As coisas se ajeitam, as soluções sempre aparecem!  Não sei por que – e deve haver alguma explicação histórica – mas nós, brasileiros, somos muito afobados!  Não damos tempo ao tempo, não fomos educados a analisar a situação, a deixar que o “cosmos” traga respostas que, quase sempre, estão evidentes.  Somos divertidos, é verdade, ativos e dinâmicos, mas nos atropelamos na maior parte do tempo. 

Falando em educação, não fomos ensinados a aplicar o pensamento científico em nossas próprias vidas; ou seja:  fazer previsão / observar / analisar / experienciar / planejar e re-planejar / avaliar e concluir.  Tiramos conclusões já no primeiro passo!

Trazendo isso para a experiência na direção e coordenação de escolas por 25 anos, gostaria muito de poder transmitir essa mensagem aos profissionais que estão iniciando carreira:  Não se afobem!

Não atropelem professores – ao invés disso, façam o que eles não conseguem fazer por si próprios:  observem o trabalho, analisem e orientem!  É essa a função da coordenação pedagógica. 

Não atropelem as crianças – ouçam-nas!  Observem e analisem os alunos de sua escola nos mais variados momentos.  Muitas respostas vêm deles mesmos.

Não atropelem os pais – encontrem tempo para estarem disponíveis.  Invistam seu tempo na informação de pais e na prática de ouvi-los.  É difícil?  Sei disso muito bem, mas é necessário.  A maioria dos conflitos entre família e escola acontece por falta de comunicação e, inclusive, falta de informação.  Lembrem-se: os pais não são especialistas em educação, não têm bola de cristal.  É papel da escola ajudar na construção dessa ponte de aproximação.

Perdoem-se!  Sim, é isso mesmo!  Não sabemos todas as respostas, não somos perfeitos, mas tenham sempre a consciência tranqüila de que estão pesquisando, estudando, se informando o suficiente. 

Ninguém nasceu sabendo, ninguém se torna especialista por osmose.  Estude!  Faça cursos e mais cursos, leia muito, tudo que puder, para aprender!  Fale com colegas, se abra, troque experiências, seja ativo de forma positiva, sem atropelar ninguém e nem a si mesmo.  Novamente, sei que é difícil, mas a gente sobrevive, eu garanto! 

Início de aulas, pais ansiosos e inseguros, crianças amedrontadas e chorosas, professores que parecem ter esquecido todo o planejamento inicial de adaptação...  Sim, é assim o início do ano, desde que o Mundo é Mundo!  Sempre foi e sempre será e você, colega Coordenador, deve estar preparado – ao menos você.  Alguém tem que manter o equilíbrio, já que todos os outros envolvidos estão desbalanceados.  Você, Coordenador ou Diretor, não tem o direito de perder o fio da meada.  Faz parte do pacote que vem com a profissão.  Não inverta papéis.  Seu papel é o de estar sobrevoando, observando, acalmando, dando segurança a todos, avaliando e propondo estratégias e soluções.

Um termômetro?  Você tem terminado seu dia descabelado, transpirando e sem conseguir sequer resumir como foi seu dia?  Sinal vermelho!  É hora de respirar fundo e rever seus conceitos.  Professores, alunos e pais não precisam, literalmente, de mais uma pessoa afobada, nervosa, cansada e insegura.  Eles todos precisam da mão firme do Coordenador pedagógico, aquele que, mesmo sem ter todas as soluções e explicações, encoraja, apóia, divide e compreende.

A todos os meus colegas Diretores/Coordenadores, bom início de ano – com muita serenidade!

Coloco-me à disposição de todos para grupos de discussão, bate-papo e orientação através da nossa página no Facebook http://www.facebook.com/#!/pages/Home-Quarter-International-Educational-Consulting/185849001479658 (Home Quarter International - Educational Consulting).  Eu e o Jim Leary teremos imenso prazer de elaborar um trabalho com vocês.