Quem me conhece
bem, irá certamente estranhar o título deste artigo, mas juro que é sincero e
que funciona – por experiência própria!
Tenho vivido e
convivido em meio a Canadenses há alguns anos e a conclusão a que chego e que
tento me reeducar constantemente é essa:
Calma! As coisas se ajeitam, as
soluções sempre aparecem! Não sei por que
– e deve haver alguma explicação histórica – mas nós, brasileiros, somos muito
afobados! Não damos tempo ao tempo, não
fomos educados a analisar a situação, a deixar que o “cosmos” traga respostas
que, quase sempre, estão evidentes. Somos
divertidos, é verdade, ativos e dinâmicos, mas nos atropelamos na maior parte
do tempo.
Falando em educação,
não fomos ensinados a aplicar o pensamento científico em nossas próprias vidas;
ou seja: fazer previsão / observar /
analisar / experienciar / planejar e re-planejar / avaliar e concluir. Tiramos conclusões já no primeiro passo!
Trazendo isso para
a experiência na direção e coordenação de escolas por 25 anos, gostaria muito
de poder transmitir essa mensagem aos profissionais que estão iniciando
carreira: Não se afobem!
Não atropelem
professores – ao invés disso, façam o que eles não conseguem fazer por si
próprios: observem o trabalho, analisem
e orientem! É essa a função da
coordenação pedagógica.
Não atropelem as
crianças – ouçam-nas! Observem e
analisem os alunos de sua escola nos mais variados momentos. Muitas respostas vêm deles mesmos.
Não atropelem os
pais – encontrem tempo para estarem disponíveis. Invistam seu tempo na informação de pais e na
prática de ouvi-los. É difícil? Sei disso muito bem, mas é necessário. A maioria dos conflitos entre família e
escola acontece por falta de comunicação e, inclusive, falta de
informação. Lembrem-se: os pais não são
especialistas em educação, não têm bola de cristal. É papel da escola ajudar na construção dessa
ponte de aproximação.
Perdoem-se! Sim, é isso mesmo! Não sabemos todas as respostas, não somos
perfeitos, mas tenham sempre a consciência tranqüila de que estão pesquisando,
estudando, se informando o suficiente.
Ninguém nasceu
sabendo, ninguém se torna especialista por osmose. Estude!
Faça cursos e mais cursos, leia muito, tudo que puder, para
aprender! Fale com colegas, se abra,
troque experiências, seja ativo de forma positiva, sem atropelar ninguém e nem
a si mesmo. Novamente, sei que é
difícil, mas a gente sobrevive, eu garanto!
Início de aulas,
pais ansiosos e inseguros, crianças amedrontadas e chorosas, professores que
parecem ter esquecido todo o planejamento inicial de adaptação... Sim, é assim o início do ano, desde que o
Mundo é Mundo! Sempre foi e sempre será
e você, colega Coordenador, deve estar preparado – ao menos você. Alguém tem que manter o equilíbrio, já que
todos os outros envolvidos estão desbalanceados. Você, Coordenador ou Diretor, não tem o
direito de perder o fio da meada. Faz
parte do pacote que vem com a profissão.
Não inverta papéis. Seu papel é o
de estar sobrevoando, observando, acalmando, dando segurança a todos, avaliando
e propondo estratégias e soluções.
Um
termômetro? Você tem terminado seu dia
descabelado, transpirando e sem conseguir sequer resumir como foi seu dia? Sinal vermelho! É hora de respirar fundo e rever seus
conceitos. Professores, alunos e pais
não precisam, literalmente, de mais uma pessoa afobada, nervosa, cansada e
insegura. Eles todos precisam da mão
firme do Coordenador pedagógico, aquele que, mesmo sem ter todas as soluções e
explicações, encoraja, apóia, divide e compreende.
A todos os meus
colegas Diretores/Coordenadores, bom início de ano – com muita serenidade!
Coloco-me à
disposição de todos para grupos de discussão, bate-papo e orientação através da
nossa página no Facebook http://www.facebook.com/#!/pages/Home-Quarter-International-Educational-Consulting/185849001479658
(Home Quarter International - Educational Consulting). Eu e o Jim Leary teremos imenso prazer de
elaborar um trabalho com vocês.