sexta-feira, 17 de julho de 2009

A educação vem do berço!

No artigo anterior, falamos sobre os brinquedos pedagógicos – utilização, importância, adequação para cada idade etc. Agora, o assunto é o planejamento do ser humano em constante formação! Já ouvi muitas vezes os pais dizerem que a criança quando nasce não vem com “manual de instruções” e que, por isso, é muito difícil saber o que ou como fazer! É a pura verdade! Como já falei em outras oportunidades, ao nascer um bebê, todos procuram o médico especialista, o odonto pediatra, mas quase ninguém procura o especialista em educação infantil! Não que este saiba tudo ou que irá entregar o tal manual, mas pode facilitar e ajudar a direcionar um pouco as atitudes escolhidas pelos pais. Desse modo, vamos tentar dar algumas dicas!

Antes de qualquer coisa, é preciso que os futuros papais conversem muito a respeito de como imaginam que seu filho seja quando jovem e adulto! Sim, isso é decidido já! Que tipos de valores, costumes, comportamento e caráter os pais “sonham” para seus filhos? É preciso que papai e mamãe estejam de acordo e que jamais desautorizem um ao outro – nesse caso, a “discussão” precisa ser fora do alcance dos ouvidinhos espertos da criança!

Muito bem, nasceu o bebê e já cheio de vontades e manhas. O que fazer? É básico: ele, o bebê, é que é a nova figura na casa e deverá adaptar-se a ela, que muito antes dele nascer a casa já estava lá com seus costumes, regras, hábitos, valores! Horário de dormir é à noite; portanto, a sonequinha do dia precisa ser com certo barulho e claridade, por exemplo. Cada um tem sua cama, seu quarto? Portanto, assim que possível, o bebê precisa fazer uso dele o quanto antes – se demorar muito, ficará mais difícil para se habituar. Vocês imaginaram uma criança, jovem e adulto independente, seguro de si, responsável por suas atitudes? Então, a hora é agora! Evidentemente que adaptando-se a cada idade – o que não convém detalhar aqui – mas é preciso saber que a liberdade e a independência andam junto com a responsabilidade! Impunidade? Super proteção? Nunca! Entretanto, há que se observar que as crianças aprendem muito mais pelo exemplo e reproduzem comportamentos vivenciados onde quer que seja. Portanto, atenção! Não se ensina a ter respeito – vive-se uma vida de respeito para com o próximo.

É necessário observar o que a criança já é capaz de fazer sozinha e incentivá-la muito, para que se sinta segura, tenha orgulho de si mesma e vibre com suas próprias conquistas! Amarrar o tênis, pegar um copo d´água, arrumar o seu quarto... Ela usou? Que bom! Aproveite seu quarto, divirta-se com os brinquedos, mas é responsabilidade da criança guardar tudo (mesmo que com ajuda), para usufruir do direito de usá-los novamente.

Erra quem exige demais, além das capacidades de compreensão da criança, mas erra igualmente quem infantiliza as crianças, impedindo-as de crescerem! A liberdade é algo que se conquista, o respeito também! Fez algo errado? Peça e aceite desculpas! Nem sempre é possível reparar o erro e, em seguida, nesse caso, pode vir o sofrimento, as consequências do erro – isto é muito importante para o crescimento individual! Nossos filhos NÃO são perfeitos! Eles PODEM errar! Isso faz parte! O que não faz parte é deixar para lá o erro, o que leva à impunidade! Errou? Conversem a respeito, levem a criança a assumir seus erros e a ser melhor nas próximas vezes, mas não deixe passar em branco!

Você sonha com um filho bondoso, sociável, bem aceito na sociedade? O movimento precisa ser dele e de ninguém mais! A bondade é vivida, a tolerância para com o diferente é desenvolvida (ou não)! Na vida, os grupos sociais rejeitarão aqueles que não se inserirem por si. Ninguém irá se importar se a criança, jovem ou adulto preferir ficar em seu próprio mundinho “perfeito”. As pessoas levam suas vidas e quem quiser que se insira! Que aprenda a ser simpático, carismático, tolerante, bondoso para com os outros! Muitas vezes, quando rejeitado, papais e mamães correm para resolver o problema sem antes se perguntarem se seu filho (a) está fazendo o movimento de ser bem aceito.

É preciso ainda que a criança aprenda também a defender-se e a não aceitar o que ou quem lhe agride, evidentemente! Precisa aprender a buscar ajuda por si próprio para defender-se! Que aprenda a defender a justiça, sendo justo também! Birra? A sociedade não aceita bico, cara feia, mal criação. Isso não resolve problemas. Portanto, nada de birra em casa! Birra é falta de respeito! Voz alta, gritos? Uma criança criada em um ambiente hostil (por exemplo, entre familiares, com os empregados...) será igualmente hostil fora de casa. Se aprendeu a humilhar e a destratar em casa, irá humilhar e destratar fora de casa.

Importante salientar que uma criança que apanha em casa, irá bater nos amigos para solucionar seus problemas – aqui eu incluo as brincadeiras de lutas! Se aprendeu a brincar em casa fazendo gozação dos outros, fará o mesmo fora de casa. Se, ao trazer um objeto que não é seu para casa e nada acontecer, aprenderá que pode se apropriar das coisas dos outros, sem nenhuma consequência negativa e irá até mesmo se divertir com isso...

Mamães, Papais, não se esqueçam: simplesmente tudo que a criança aprender em casa será reproduzido fora dela. Resta a cada um decidir o que é exatamente que queremos que nossos filhos aprendam hoje para reproduzir amanhã...

Na próxima oportunidade falaremos sobre disciplina, organização e concentração, entre outros!

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