A escola, assim como a orquestra, precisa do maestro. Os músicos dependem dele, a platéia espera o
resultado positivo e agradável do seu trabalho.
Sendo assim, como deveria o maestro da escola se preparar para a regência
de sua orquestra? E os músicos? A platéia, de modo que possa apreciar a
performance? Há que se ter disciplina e
determinação para estudar, graduar, estudar
mais e mais e praticar. Não basta
obter uma graduação para garantir uma performance de qualidade.
Na
escola, o maestro é o Diretor e/ou Coordenador Pedagógico. Os músicos são os professores, assistentes e
todos que formam a equipe. A música são
os alunos. A platéia são os pais. Para que a música seja de qualidade, os
músicos precisam estar em perfeita harmonia, regidos pelo maestro preparado
para a função. Desse modo, a platéia
terá o maior prazer em apreciar o resultado.
Analogias
à parte detenho-me agora na questão da relação e responsabilidades do Diretor
da escola. A formação é a
Pedagogia. É o básico necessário – por lei
e por fundamentação e preparo teórico básico.
Sim, básico, porque a formação não garante a eficácia. Esta vem com a experiência, prática de sala
de aula, estudos por meio de especializações que vêm com a pós-graduação,
empenho, dedicação, firmeza no estabelecimento e cumprimento de objetivos –
específicos e gerais.
Cabe ao
Diretor estar presente em todos os momentos da escola, seja na observação de
aulas e de alunos tanto durante as aulas quanto nos horários de intervalo e
passeios. É o Diretor quem observa,
avalia, orienta e checa o trabalho do professor, desde o planejamento de
atividades até a execução em sala de aula e sistemas de avaliação – cognitiva,
social, emocional. É ele quem detecta
possíveis problemas entre alunos e age.
É o Diretor experiente que trabalha na prevenção de problemas. É o Diretor quem garante a sintonia do
trabalho entre professor e assistente de classe. É ele quem garante que todos os momentos da
escola sejam assistidos.
O
Diretor da escola é aquele que tem muito claro o objetivo geral final. Ele tem a visão do todo e, por isso, trabalha
no sentido de não se desviar de sua meta.
Ele sabe qual é o caminho a ser trilhado e não se desvia dele. Evidentemente, durante o percurso, muitas
vezes ele terá que tomar certas decisões momentâneas, mas sem jamais perder de
vista o “ponto final”. Se algo não vai bem, ele detecta e age!
Não
acredito no Diretor que dirige a escola de sua sala. Também não acredito no Diretor que acumula
outras funções. Foco é o segredo! Acredito e admiro o Diretor que vai à sala de
aula, que se reúne constantemente com sua equipe, que planeja junto, que se faz
presente junto a todos os envolvidos.
Admiro o Diretor que mantém a escola em uma constante, sem altos e
baixos, firme e forte – sempre! É o Diretor da escola que mantém os pais
atualizados e muito bem informados sobre a vida escolar de seus filhos. As habilidades fundamentais, portanto, são
disciplina, organização, firmeza e liderança.
A simples graduação não significa nada se não colocarmos essas
habilidades no pacote.
Trabalho
solitário, o do Diretor da escola.
Apesar da analogia com o maestro, o diretor trabalha praticamente no
camarim, não sendo, na maioria das vezes, reconhecido. Os créditos frequentemente são atribuídos ao
resultado final e não ao trabalho de fundo, de sustentação, de base do
Diretor. Entretanto, se algo der errado,
ele é prontamente lembrado...
Reconhecimento? É a satisfação própria da consciência de ter
feito um bom trabalho. É saber somente
para si mesmo que trabalhou firme, incansavelmente, no cumprimento de seus
objetivos. Para o Diretor equilibrado,
maduro e consciente, o que realmente importa é a música final, na
apresentação. Ou seja, é ter o prazer
inigualável de ter garantido uma educação de qualidade aos seus pupilos, é a
satisfação por ter contribuído com o desenvolvimento social, emocional e
cognitivo dos alunos sob sua batuta! É
também o prazer de presenciar a satisfação da platéia!
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